No começo estava um pouco empolgada, voltar a morar onde
nasci, estar perto de meus familiares que tanto senti falta enquanto estava
longe, mais alguém tempo depois toda aquela emoção de novo começo e coisas
novas foi passando, e parece que ai começou a cair minha ficha.
Já fazia seis messes que estávamos aqui, e foi ai que eu
comecei a perceber que as coisas realmente tinham mudado, onde estava aquela
animação em busca do novo? Onde
foi parar todos aqueles pensamentos de mudanças vem pra melhorar? Onde estavam as minhas amigas? Acho que isso foi uma das coisas que
pegou mais forte, minhas amiga, minhas companheiras, éramos cinco – Gabriela,
Juliane, Maiara, Camila e eu – compartilhávamos tudo umas coisas as outras, nos
apoiávamos, vivemos momentos incríveis juntas, é claro também houve aqueles
momentos de briguinhas, mas quem é que não tem, não é verdade?
Mas lá estava eu, me perguntando, onde estou? Qual foi mesmo
o verdadeiro motivo pra mim ter concordado com essa ideia de mudança? O que vou
fazer aqui agora? Tudo aqui é muito diferente, pra onde foram os meus amigos?
Onde vou achar novos? Pensava eu, como esses nunca existirão.
Eu estava acabada, passava os dias chorando, sem saber onde
ir e o que fazer, meu pai me dizia que precisava me desligar, me deligar do que
passou, do passado, das meu amigos, para que assim começar a aproveitar a
viver presente, foi ele que me disse que
se continuando apenas relembrando o que passou e ficasse apenas chorando iria
perder a beleza que existia em viver cada dia novo.
Mesmo que para mim naquela hora nem tudo parecesse claro e o
futuro não muito atraente, eu tive que decidir, decidir seguir em frente,
encarar o medo do novo mundo e partir pra outra, mas não tinha a mínima ideia
por onde começar, foi então que depois de algumas conversar com meus pais
decidi que a melhor opção seria começar a fazer cursinho e tentar o vestibular.
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